Um pequeno lugar chamado Aveiro

Moro nesta região de Itaituba desde os meus dois anos de idade, mas pouco conheço dos municípios, vilarejos ou comunidades as margens do rio Tapajós. Aveiro, a cidade fotografada nesta seção, só conhecia à noite, quando indo para Santarém de barco, era parada certa para pegar mais passageiros. Assim também outras comunidades iam aparecendo e me acordando do sono da minha rede. Olhava, perguntava onde estávamos e depois tentava dormir novamente.



Aveiro, por nunca ter colocado os pés e ter ficado menos do que duas horas, é um lugar pacato, tranqüilo assim como sua gente. Poucas ruas, casas antigas e uma fileira de mangueiras enfeitando a frente da cidade.



Conforme a lancha ia passando pelas comunidades do Tapajós, ia pensando o quanto seria importante ter placas com o nome de cada canto que via pela janela da embarcação. Quando chegamos a Aveiro, vi que esta iniciativa louvável já tinho sido realizada nesta cidade.

De longe, vi num lugar em destaque na beira do rio, o nome em letras grandes da pequena vila de Aveiro.

Junto com esta significativa iniciativa vi que outras figuras já tinham sido produzidas para embelezar a frente da cidade. Um pescador em seu barco, um peixe que não sei a espécie, um jacaré e um símbolo de uma urna indígena com um muiraquitã em destaque.

As esculturas, segundo um amigo, foram e estão sendo feitas por um escultor conhecido da cidade de Santarém.

O artista tem lá seu estilo próprio, que pouco importa meu gosto, o que realmente importa é que está se criando uma identidade visual, com bases na cultura local, para a cidade.

Fora isso, vi que a principal Rua de Aveiro, está sendo calçada com paralelepípedos e existem algumas reformas sendo realizadas na cidade.

Lugar interessante, pitoresco e muito tranqüilo. Vi moradores passando o tempo jogando dama embaixo de uma grande mangueira, isto em plena quarta-feira, um cena perfeita para ilustrar este belo canto da nossa região.

De volta para casa, na lancha Princesa do Tapajós.